“ Nem só virtuosismo escolástico, pois sem coração não há arte, nem só inspiração plástica, pois sem técnica não há estilo: fusão estética do corpo e da alma ardendo nas regiões etéreas do sonho.”

Margarida de Abreu


terça-feira, 2 de outubro de 2012


Para a aula de dança clássica

Nas aulas para adultos:
  •  a escolha da roupa diz respeito ao aluno embora deve usar roupa justa
  • agazalhos para depois da aula e perneiras ou caneleiras no inverno para o aquecimento
  • cabelo bem apanhado em carrapito
  • elástico para a cintura no nível iniciado
e nas aulas para crianças:
Raparigas:
  • maillot da côr escolhida pela professora
  • saia da côr do maillot
  • colllants côr de rosa
  • sapatilhas côr de rosa com elástico a prender o peito do pé ou fitas rosa a prenderem na perna (devem guardar o recibo da compra)
  • as alunas devem estar sempre bem penteadas com carrapito, envolvido numa rede e preso com ganchos abertos, ou no caso do comprimento do cabelo não permitir, uma rede a prender todo o cabelo e presa com uma fita côr de rosa
  • elástico na cintura
  • perneiras ou caneleiras rosa, no inverno
  • casaco de malha rosa ou branco

Rapazes:
  •    calçoes pretos, com meias brancas e sapatilhas pretas
  •      a partir dos doze anos devem usar trusses para protegerem a zona genital
  •    elástico na cintura
  •    sapatilhas pretas
  •     meias brancas

Para a aula de Barra de Chão
  •  roupa confortável e justa ao corpo
  • agasalhos para o final da aula
  • cabelo apanhado em rabo de cavalo
  • meias
Para a aula de Dança Criativa/Pré-Ballet

  • roupa confortável
  • meias anti derrapantes
  • cabelo apanhado em rabo de cavalo ou com fita no caso de não conseguir apanha-lo
  • um agazalho para o relaxamento do final da aula


 




 

Atitude e disciplina em dança


          Porque o ensino da Dança Clássica consiste num trabalho progressivo e diário, ao longo de vários anos, a assiduidade é essencial de modo a que não se quebre a rotina de um trabalho pensado com o intuito de favorecer a evolução do aluno. As aulas, diárias ou não, começam sempre na barra, a partir dos 7 anos, quer em anos de iniciação quer em anos mais avançados, com um trabalho de preparação muscular que inclui por exemplo os pliés, tendus, jetés, numa sequência determinada pelo professor. Para que se possa potenciar o nível de trabalho dos alunos e diminuir o risco de lesões, estes deverão começar pelo menos 15 minutos antes da hora da aula, durante os quais fazem o aquecimento cardio-vascolar, correndo ou andando pela sala, e o aquecimento articular com movimentos rotativos. Deverão também fazer alongamentos embora não insistindo muito. Para além de prepara o corpo, este aquecimento prepara também a mente para o esforço que se irá seguir. por todas estas razões os alunos não devem chegar atrasados à aula de modo a não interferirem com o trabalho de todos e de forma a que possam devenvolver a noção de responsabilidade e disciplina , tão necessárias à práctica de uma arte tão exigente como a Dança Clássica.No final da aula deverão ser executados alogamentos e relaxamento muscular e trabalho de aumento da flexibilidade. Este trabalho é imprescíndível para que os musculos não permaneçam contraidos e regressem à sua forma inicial: as contracturas quando se tornam crónicas fazem com que o músculo perca a sua elasticidade, tornando os movimentos menos livres e podendo levar a uma ruptura dos ligamentos musculares.                   O aluno deverá desenvolver um profundo respeito em relação a todo o trabalho feito numa aula de dança, que pode ser extensível a todos os outros campos da vida. fomentar o respeito entre colegas e entre professor e alunos é também ajudar a criar consiências, com uma visão de si próprios numa perspectiva de integração numa sociedade que é e deve sêr de todos e para todos; assim deve desenvolver-se uma forte consciência em relação ao espaço fisico em que se trabalha e ao espaço do outro, que não deverá ser invadido;  deve desenvolver-se uma atitude de confiança no trabalho, brio, prazer e alegria, essencial para um crescimento harmonioso da pessoa humana. É, também, necessário trabalhar uma atitude perfeccionista, não deixando, no entanto, que a impossibilidade de atingir a perfeição absoluta, nos leve a assumir a derrota e o execsso de rigor: a perfeição absoluta, embora possa não existir, é fundamental como meta que orienat o percurso do aluno. Deve assim assumir-se o virtuosimo como uma caracteristica a desenvolver;
            O estar atento e concentrado, são constantes a preservar numa aula.

Rita Marques Pinto

 

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

"O bailarino retoma o seu corpo nesse momento preciso em que perde o seu equílibrio e se arrisca a cair no vazio.....
por meio de movimento domará o movimento: com um gesto libertaré a velocidade que arrebatará o seu corpo traçando uma forma de espaço. Uma forma de espaço-corpo efémero, por cima do abismo."

                                                                  José Gil, Movimento Total

biografia


“ Nem só virtuosismo escolástico, pois sem coração não há arte, nem só inspiração plástica, pois sem técnica não há estilo: fusão estética do corpo e da alma ardendo nas regiões etéreas do sonho.”
                                           Margarida de Abreu                         
Nasci e moro em  Oeiras e iniciei a  minha formação em dança clássica e  moderna aos 5 anos, em Carcavelos, com a professora e mestre Ana Mangericão, graduada pela Royal Academy of Dance e Imperial Society of Dance. Mais tarde tive formação com professores como Peter Michael Dietz, Sofia Neupart, Palmira Camargo, Julio Barbosa, Pedro Carneio e Rui Horta.
  Licenciei-me em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e frequento os cursos de verão do Conservatório Nacional de Dança com a professora Natalia Iananis e o Seminário para professores do Método Vaganova I e II anos, com o professor Pedro Carneiro. Estudei terapia pelo movimento em Montemor o Novo, no Espaço do Tempo, com a psicóloga Pia Kraemer e lecciono Dança Clássica e Dança Criativa, tanto a crianças como a adultos, em colégios, Aecs de escolas primárias, escolas de dança e Sociedades Recreativas e Culturais . Embora também ensine dança criativa,  a Dança Clássica e neo-clássica é o género com que mais me identifico e que mais me identifica e uma linguagem que se tornou também minha. Julgo, no entanto, que as duas vertentes da dança complementam-se na perfeição.
  Paralelamente à minha formação em dança, frequentei  o curso de biologia da Universidade dos Açores, formei-me em jornalismo através do Cenjor e fiz o curso de escrita jornalistica pela Etic. Frequentei uma acção de formação em fotografia, organizada pela Câmara Municpal de Oeiras.
 Familiarizarmo-nos com a linguagem do movimento aumenta as possibilidades de encontrarmos expressão para o nosso eu, descobrindo-se assim simultaneamente a função do corpo e também a sua poesia.  O nosso corpo foi feito para o movimento, apenas podendo apreender o mundo que o cerca através também de movimento. Assim, a criança ou o adulto, torna-se consciente, para além dele próprio, das variantes de tempo, ritmo,espaço, direcções, tamanho e niveis.O professor deve apenas estimular e preencher a necessidade de movimento inerente à criança ou adulto, aumentando a expressão através do mesmo, permitindo-lhe crescer com alegria e envolvimento consigo próprio e com o mundo que o cerca.
        Acredito na importância fundamental que a Dança clássica tem na formação da pessoa humana, como método de excepção na estruturação da personalidade e consciência de si. Objectivamente nestas aulas procura-se explorar as direcções do corpo no espaço, encontrar uma postura correcta, trabalhar a musicalidade, a consciência da nossa colocação no espaço e direcções do corpo e do movimento utilizados na técnica da Dança Clássica; trabalhar a criatividade: no final das minhas aulas de Ballet para crianças há sempre lugar para o movimento livre tendo apenas como estimulo a música clássica e por vezes o movimento; trabalhar a perseverança e a resistência fisica e psicológica através da disciplina e rigor que envolvem as aulas; desenvolver um respeito profundo em relação a todo o trabalho feito numa aula de dança clássica, que pode e deve ser extensível a todos os campos da vida; fomentar também o respeito entre colegas, professor e alunos que é também ajudar a que estes cresçam adultos mais conscientes, com uma visão de si próprios sob uma perspectiva de integração numa sociedade que deve ser de todos e para todos; aprender a transformar o espaço e o tempo através de nós e do nosso corpo quando este é capaz de produzir movimentos carregados de sentido, faz desta uma arte que nos transporta para um outro lugar, numa atmosfera carregada de afectos, que une os corpos que se movem num só corpo que é a aula.
       Este prazer ao se descobrirem novas sensações, que a dança nos faculta, acompanha-nos para o resto da vida; o prazer de  nos encontrarmos “inteiros”, nesta nossa busca incessante pela unicidade entre corpo e mente.
                                                                    Rita Marques Pinto

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

"Rêve"


“Um dia sonhei que sonhavas com um dia assim.
Era como se eu escrevesse os teus pensamentos e tu lesses os meus. Uns levavam-me, outros traziam-te: até nos colocarem num sítio só.
Passávamos num sítio sem passeios. Parávamos aqui e acolá a ouvir o arco-íis ou um eco: encontrávamos a montanha dos sonhos.
Descemos tanto, tanto, que fomos encontrar um miradouro.

 Corre atrás dos teus sonhos, por sobre a tua cabeça e por sob os teus pés. Não os esqueças. Não os abandones.
A montanha dos sonhos não tem medo da noite, nem frio na neve.
São as cócegas do sonhador que a fazem tremer.”

 

                                                         Rêve de Gemeo Luís e Eugénio Roda

   Rita Marques Pinto
                                                                                      

"Era uma vez um sonho"




Espectáculo de final de ano dos alunos dos Bombeiros Voluntários da Parede
15 de Julho de 2011

Na Colectividade 1ª de Maio, em Tires
 
 

Aulas de Barra de Chão

A Barra de Chão é uma técnica de trabalho corporal que, adapta a técnica de dança clássica a outras disciplinas, como o Yoga e Pilates, em exercícios executados no chão. Foi desenvolvida nos anos 50 pelo russo Boris Kniaseff que combinou exercícios de Dança Clássica e de Graham.
Ideal como trabalho complementar ao da técnica de dança clássica, de preferência antes desta ou de qualquer outra aula, melhorando a performance do corpo, é também um método preferido por bailarinos na recuperação de lesões. Ao transportarmos a técnica de dança clássica para o chão, tomamos consciência de aspectos do corpo e do seu movimento que durante a práctica na vertical poderão ser mais facilmente ignorados.
Tem como objectivo atingir a postura correcta do corpo no movimento. Optimizando o trabalho muscular através da compreensão da mecânica do movimento corporal permite-nos corrigir mais facilmente“vicios” adquiridos. Um trabalho de aquecimento e fortalecimentodo muscular em que os músculos são alongados e fortalecidos e a energia dispendida não é desperdiçada mas sim dirigida de forma correcta.
Uma aula aberta a todos os niveis e a todas as idades, a partir dos 8 anos, para aqueles que pretendam definir e afinar o movimento da dança clássica, e para todos os que procuram um trabalho consciente e equilibrado de correcção postural, fortalecimento, alongamento muscular e aumento da flexibilidade.




Aulas de Ballet para adultos


                                                                    

As aulas destinam-se a maiores de 18 anos e sem limte de idade! todos poderão frequentá-las desde que sem problemas fisicos que limitem a práctica desta técnica tão exigente.


As aulas de nível inciado I, destinam-se àqueles que nunca frequentaram estas aulas ou  as aulas de Nível Iniciado II para quem já teve aulas em criança, ou  mais tarde, e deseje trabalhar as bases desta técnica.

o Nível intermédio destina-se a quem já tem fortes bases técnicas.

As aulas de Pontas, destinam-se a alunas com mais de 10 anos de idade, já com bases de Dança Clássica e que estejam a iniciar-se nesta técnica.

                                                                    


Os alunos inscritos num dos niveis poderão frequentar, gratuitamente, as outras aulas de um nível acima ou abaixo do seu,se a professora assim o entender.



Aulas de Ballet para Crianças




Pré ballet/Dança criativa dos 2 as 4 anos

Uma aula de introdução à Dança, procurando respeitar o processo de descoberta de cada uma das crianças, em que a exploração do movimento é feita utilizando estímulos como a pintura, o desenho, viagens pela imaginação, a palavra,  histórias, e componentes do próprio movimento.

Ballet I a partir dos 5 anos
Ballet II a partir dos 7

Aulas de introdução à técnica da Dança Clássica, baseando-se no método da Royal Academy of  Dance 

Ballet III a partir dos 10 anos

É aos 10 anos que a criança deverá começar a trabalhar verdadeiramente toda a técnica de Dança Clásica, que a acompanhará por toda a vida adulta. A duração da aula é maior e o trabalho em si mais intenso. É também nesta idade e nesta aula que o trabalho de pontas poderá ser introduzido, caso a criança esteja preparada, fisica e técnicamente. Se possível, é aconselhável que se cmplemente este trabalho com aulas de Barra de chão. Um aula essencial para trabalhar a flexibilidade, força e postura.

 

Descobrir com alegria e espanto que temos um corpo que se move no espaço e no tempo. Como se move? Quando se move? O que sentimos quando temos consciência do que esse corpo pode fazer, do espaço que este ocupa e de que somos também esse mesmo corpo?

     Um trabalho estruturante quer fisica quer psicológicamente, que nos leva a um outro lugar, dividido em diferentes niveis de aprendizagem que desenvolve  progressivamente no aluno, a técnica de dança clássica Aprender a transformar o espaço e o tempo  através de nós e do nosso corpo, trabalhando assim a capacidade de imaginar, através desta arte que é a dança clássica, torna-nos agentes mais conscientes de si, em todas as suas vertentes, e por outro lado constroi um espaço interior estruturado ao qual podemos regressar sempre que quisermos.

    Objectivamente propõe-se explorar as direcções do corpo no espaço, encontrar uma postura correcta, trabalhar a musicalidade, a consciência da nossa colocação no espaço e encontrar um movimento através do qual o “eu” possa encontrar expressão; Intensificar o gesto dançado tornado simbólico, trabalhando-se numa atmosfera carregada de afectos, que une os corpos que se movem num só corpo, que é a aula; Desenvolver um respeito profundo em relação a todo o trabalho feito numa aula de dança clássica, que pode e deve ser extensível a todos os campos da vida; fomentar também o respeito entre colegas, professor e alunos é também ajudar a que estes cresçam adultos mais conscientes, com uma visão de si próprios sob uma perspectiva de integração numa sociedade que deve ser de todos e para todos.