“ Nem só virtuosismo escolástico, pois sem coração não há arte, nem só inspiração plástica, pois sem técnica não há estilo: fusão estética do corpo e da alma ardendo nas regiões etéreas do sonho.”

Margarida de Abreu


sexta-feira, 28 de setembro de 2012

biografia


“ Nem só virtuosismo escolástico, pois sem coração não há arte, nem só inspiração plástica, pois sem técnica não há estilo: fusão estética do corpo e da alma ardendo nas regiões etéreas do sonho.”
                                           Margarida de Abreu                         
Nasci e moro em  Oeiras e iniciei a  minha formação em dança clássica e  moderna aos 5 anos, em Carcavelos, com a professora e mestre Ana Mangericão, graduada pela Royal Academy of Dance e Imperial Society of Dance. Mais tarde tive formação com professores como Peter Michael Dietz, Sofia Neupart, Palmira Camargo, Julio Barbosa, Pedro Carneio e Rui Horta.
  Licenciei-me em Dança pela Escola Superior de Dança de Lisboa e frequento os cursos de verão do Conservatório Nacional de Dança com a professora Natalia Iananis e o Seminário para professores do Método Vaganova I e II anos, com o professor Pedro Carneiro. Estudei terapia pelo movimento em Montemor o Novo, no Espaço do Tempo, com a psicóloga Pia Kraemer e lecciono Dança Clássica e Dança Criativa, tanto a crianças como a adultos, em colégios, Aecs de escolas primárias, escolas de dança e Sociedades Recreativas e Culturais . Embora também ensine dança criativa,  a Dança Clássica e neo-clássica é o género com que mais me identifico e que mais me identifica e uma linguagem que se tornou também minha. Julgo, no entanto, que as duas vertentes da dança complementam-se na perfeição.
  Paralelamente à minha formação em dança, frequentei  o curso de biologia da Universidade dos Açores, formei-me em jornalismo através do Cenjor e fiz o curso de escrita jornalistica pela Etic. Frequentei uma acção de formação em fotografia, organizada pela Câmara Municpal de Oeiras.
 Familiarizarmo-nos com a linguagem do movimento aumenta as possibilidades de encontrarmos expressão para o nosso eu, descobrindo-se assim simultaneamente a função do corpo e também a sua poesia.  O nosso corpo foi feito para o movimento, apenas podendo apreender o mundo que o cerca através também de movimento. Assim, a criança ou o adulto, torna-se consciente, para além dele próprio, das variantes de tempo, ritmo,espaço, direcções, tamanho e niveis.O professor deve apenas estimular e preencher a necessidade de movimento inerente à criança ou adulto, aumentando a expressão através do mesmo, permitindo-lhe crescer com alegria e envolvimento consigo próprio e com o mundo que o cerca.
        Acredito na importância fundamental que a Dança clássica tem na formação da pessoa humana, como método de excepção na estruturação da personalidade e consciência de si. Objectivamente nestas aulas procura-se explorar as direcções do corpo no espaço, encontrar uma postura correcta, trabalhar a musicalidade, a consciência da nossa colocação no espaço e direcções do corpo e do movimento utilizados na técnica da Dança Clássica; trabalhar a criatividade: no final das minhas aulas de Ballet para crianças há sempre lugar para o movimento livre tendo apenas como estimulo a música clássica e por vezes o movimento; trabalhar a perseverança e a resistência fisica e psicológica através da disciplina e rigor que envolvem as aulas; desenvolver um respeito profundo em relação a todo o trabalho feito numa aula de dança clássica, que pode e deve ser extensível a todos os campos da vida; fomentar também o respeito entre colegas, professor e alunos que é também ajudar a que estes cresçam adultos mais conscientes, com uma visão de si próprios sob uma perspectiva de integração numa sociedade que deve ser de todos e para todos; aprender a transformar o espaço e o tempo através de nós e do nosso corpo quando este é capaz de produzir movimentos carregados de sentido, faz desta uma arte que nos transporta para um outro lugar, numa atmosfera carregada de afectos, que une os corpos que se movem num só corpo que é a aula.
       Este prazer ao se descobrirem novas sensações, que a dança nos faculta, acompanha-nos para o resto da vida; o prazer de  nos encontrarmos “inteiros”, nesta nossa busca incessante pela unicidade entre corpo e mente.
                                                                    Rita Marques Pinto

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